A megaoperação realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro terminou com um saldo trágico: 128 mortos, segundo o balanço mais recente divulgado pelas forças de segurança. A ação aconteceu em comunidades dos complexos do Alemão e da Penha, regiões conhecidas pela forte atuação do crime organizado.
Entre os mortos, 64 corpos foram encontrados em uma área de mata, durante as buscas que se seguiram aos intensos confrontos. Dos demais, 60 seriam suspeitos ligados ao Comando Vermelho, principal facção criminosa do estado, e quatro eram policiais — dois da Polícia Civil e dois da Polícia Militar.
Considerada uma das maiores operações já realizadas no Rio, a ação mobilizou mais de 2,5 mil agentes e foi marcada por tiroteios intensos, barricadas e apreensões de armamentos pesados. Apesar do número expressivo de mortes, as autoridades afirmam que o objetivo era desarticular a estrutura da facção que controla o tráfico em diversas comunidades da capital fluminense.
Nas imagens divulgadas, familiares aparecem em meio à dor e à incerteza, reconhecendo corpos e tentando localizar parentes desaparecidos após os confrontos.
Com 128 vidas perdidas, a operação entra para a história recente do país como a mais letal já registrada, ultrapassando tragédias como o massacre do Carandiru. O episódio reacende o debate sobre o uso da força policial e os impactos da violência nas favelas cariocas, levantando questionamentos sobre os limites da atuação das forças de segurança e o custo humano da guerra ao crime.
